sexta-feira, fevereiro 24, 2012

Almeida de nome e não só...





Quem me conhece bem sabe que tenho uma tendência para encontrar coisas boas no lixo, que é como quem diz ao lado dos contentores, ou no el contentor como diz uma amiga. Isto dito assim soa um pouco mal mas a verdade é que os meus olhos caem sempre em coisas mesmo boas, por vezes até novas, que alguém deixa ao lado dos contentores com certeza para alguém (como eu) aproveitar. Sei que algumas pessoas acham isto horrível, se calhar até nojento, mas isso é o que menos me importa. Costumo dizer: "Se estivesse uma nota de 100€ ao lado do contentor não apanhavam?" Algumas destas coisas custam isso novas. Graças aos meus achados casuais e espectaculares, o Isaac tem dois brinquedos que de outra maneira não teria porque acho um exagero dar os tais 100€ por cada um (é o preço nas lojas). Já encontrei triciclos, tabelas de basquete para crianças, motas, ovos para carrinhos de bebé, roupa nova com etiqueta, mesas para crianças, cadeiras alta de comida, aranhas para bebés, alcofas, cadeiras pequenas, cozinhas de brincar... não tenho culpa né? Acho que saio muito ao meu pai, porque ele sempre foi assim, e apesar de guardar coisas que eu provavelmente no guardaria porque não acho necessárias (como tábuas para fazer prateleiras), ganhei este hábito (sim, já se tornou num) com ele. Interessante é o facto de muitas vezes encontrar coisas em sítios por onde raramente passo, e logo no dia em que lá passei estava à minha espera. E mais engraçado ainda é alguém perguntar-me se por acaso tenho ou sei se alguém que tenha para emprestar determinada coisa (normalmente para criança) e na semana seguinte eu encontrar precisamente isso que a pessoa precisaca.
Sei que tenho amigos que pensam como eu, se está bom porque não trazer e ficar com isso se precisamos ou dar a alguém que precisa? Há que reutilizar aquilo que outros deitam fora por não saberem a quem dar ou porque nem sequer pensam nisso, deitam fora e pronto! Fico mesmo feliz quando alguém usa algo que encontrei e lhe dá tanto valor... e pensar que aquilo iria parar ao camião de recolha de lixo "arrepia". O mais engraçado é que não moramos numa zona considerada rica, mas aqui toda a gente deita coisas muito boas fora, é de mais! Já tenho amigos que me perguntam onde é que é o meu lixo, que têm que cá vir (lol). Pelos vistos não sou só Almeida de nome... ehehe