sábado, março 28, 2009

As representações das crianças sobre as madrastas

Estou a fazer um trabalho para a cadeira do Eduardo Sá sobre as madrastas nos contos infantis e como as crianças de hoje vêem esta figura enquanto "substituta" da mãe. Tenho 19 composições de crianças de uma escola pública, de 4º ano. Ri-me muito a ler as composições, aqui ficam algumas frases para apreciarem a profundidade do pensamento das nossas crianças:
"Os carinhos da mãe são abraços e beijinhos, os carinhos da madrasta são iguais ao da mãe mais com algumas palmadas".
"Eu acho que por vezes as madrastas podem ser boas. Mas as madrastas nunca podem ser a nossa mãe, aliás são só madrastas. "
"Uma madrasta é quando um pai e uma mãe já não querem viver um com o outro mas é um bocadinho triste e os pais casam com outra porque pode ser que ele não gosta dela"
"Eu sinceramente não gostava muito se tivesse uma madrasta nunca seria melhor que uma mãe biológica, a sério! A sério mesmo! Estou muito grato a Deus por me dar uma mãe! Mesmo muito! É verdade! E não gostava (penso eu) muito de ter uma madrasta, estou bem como estou, com uma mãe biológica!"
"Eu acho das madrastas um pouco más mas não posso dizer que são muito más porque há madrastas boas, aliás não sei porque não tenho madrasta e também não gostava de ter "

segunda-feira, março 23, 2009

Já não se pode andar descansado na rua

Já não bastava os frequentes assaltos que ouvimos nos media, agora também abalroam pessoas assim sem mais nem menos. Estávamos nós na CPCJ, no Cacém, quando ouvimos um estrondo metálico. Fomos à janela e vimos um homem deitado no chão, acabado de ser atingido por uma placa de sinalização (daquelas grandes com os nomes das ruas). Foi um excelentíssimo condutor que vinha a falar ao telemóvel, não fez a curva, subiu uma pequena "ilha" de calçada, bateu na tal placa que atravessou a estrada e parou quase em cima do homem. Se lhe tivesse acertado em cheio, bem podia ter batido a bota. O mais hilariante no meio disto tudo é que o estúpido do condutor depois do carro ter parado, por ter batido, continuou a falar ao telemóvel dentro do carro, saiu e continuou a falar e só depois foi ver do senhor abalroado. Imediatamente começaram a juntar-se pessoas, vindas nem sei de onde (mas estamos a falar do Cacém certo, super povoado, há sempre imensa gente na rua). Chamaram logo a polícia e apareceu logo uma ambulância. Alguns populares levantaram calmamente o senhor do chão, sentou-se no passeio mas estava claramente azambuado (pudera, depois de ser atingido por uma placa daquelas, até um elefante ficava azambuado). Só sei que isto foi por volta das 16h15 e às 17h30 quando eu saí, ainda lá estava a polícia a escrever junto ao "atropelador" de placas. Está bem lixado, está!

domingo, março 22, 2009

É grátis, nós queremos.

Quando trabalhava na ABLA todos o usávamos no escritório, era uma forma de reduzirmos os gastos. Noutro dia lembrei-me de experimentar se a net de casa daria para usá-lo. Fiz o download, instalei os phones com micro e...voilá! Tenho chamadas gratuitas para a rede fixa e a 0,01€ para telemóvel. É o maravilhoso programa Voip cheap. Basta instalá-lo e ter uns phones com microfone ou um mini telefone com ligação USB e estamos a telefonar! Como cá em casa não temos telefone fixo, "só" os telemóveis, resolvemos assim a questão de ligarmos para algum número fixo que seja necessário.
Em altura de fazer cortes orçamentais, é de aproveitar.

sexta-feira, março 20, 2009

Descontentamento

Ultimamente tenho-me deparado com muitas pessoas descontentes. A qualquer lado a que vá encontro sempre alguém a refilar (sobretudo com o governo). Na 4ª feira, a caminho do 8º congresso da CAIS, no eléctrico 28 para a Estrela, o motorista já muito chateado com a pessoa que deixou um carro a ocupar a linha do eléctrico e depois de muito apitar, disparou: "Isto é um país de lixo, todos fazem o que querem. Nem 50 salazares agora conseguiai pôr isto na ordem. Pelo menos dantes andava tudo caladinho, mas andava tudo na linha, tudo certinho. Isto é tudo uma bandalheira".
Não vivi na época pré 25 de Abril mas acho que começo a perceber as pessoas que defendem essa parte (menos má) do Salazar. Se bem que isto não é só da mudança de regime, a pós-modernidade também trouxe destas coisas: cada um faz o que quer e ninguém tem nada a ver com isso (porque se alguém se meter, viola o direito do outro), cada um tem a sua opinião e a sua verdade...

Coincidências

Costumo dizer que não há coincidências, pelo menos não as considero como tal... mas desta vez pus em causa as minhas próprias palavras e crenças... passo a explicar.
A noite passada sonhei que o Ricky e a mãe dele tinham morrido de problemas de coração. No fim do sonho (felizmente interrompido pelo despertador) eu estava abraçada a um amigo nosso a chorar, a dizer que não acreditava que ele tivesse morrido, que não podia ser (estão a ver aquela sensação do choque e de ser tão mau que nós negamos?!)...
Acordei e contei ao Ricky (que começou a gozar com a situação) e lá chegámos à conclusão que a questão do coração tinha vindo do facto de ontem termos falado do avô dele, que saiu do hospital mas tem o coração bastante fraco (já são 91 anos).
Hoje de manhã fui fazer uma ecografia aos ombros (por causa da tendinite) num hospital onde nunca tinha ido e quem é que eu encontro? Esse nosso amigo do sonho que não via há mais de 4 meses.
Mas desta vez foi mesmo uma coincidência.

quarta-feira, março 18, 2009

ABLA na TV... outra vez!

Mais uma vez a ABLA foi motivo de reportagem na TV. Vocês vão dizer que é sempre nos programas da Aliança Evangélica, sim é verdade, mas o que interessa é que aparece e pronto. Assim há divulgação do trabalho. Desta vez foi a propósito dos 25 anos da instituição, cuja cerimónia foi no passado dia 19 de Fevereiro.

Para quem quiser ver aqui fica o link (já que continuo a ser uma ignorante que não sabe pôr vídeos tirados da net aqui no blog... aliás, nem sequer sei tirá-los da net).

http://ww1.rtp.pt/multimedia/index.php?tvprog=1115&idpod=23271&formato=flv&pag=recentes&escolha=

(programa de 17/03/2009, 1ª parte.

segunda-feira, março 16, 2009

Em dois dias fiquei a saber que uma amiga perdeu o bebé e que outra ia recorrer ao aborto porque às 23 semanas foi diagnosticado um erro no 5º cromossoma o que daria, segundo os médicos, um síndrome muito raro, implicando uma deficiência profunda do bebé.
Pensar que isto pode acontecer a qualquer uma assusta, mas saber que temos um Deus que dá a vida, e sabe tudo o que faz, acalma. Temos em quem confiar!
Mas como se diz a uma pessoa cujo bebé se prevê deficiente p'ra dar-lhe a oportunidade de viver?? Não imagino a dor da S. Vai ter de tomar um comprimido no dia anterior para matar o bebé (a Matilde) e no dia seguinte fará um parto normal... é demasiado horrível. O médico diz que isto pode nunca mais acontecer numa futura gravidez, mas o medo, a dúvida vão persegui-la sempre. As minhas amigas S. estão a passar por momentos de dor, mas enquanto descanso nEle para as consolar, sei que a 1ª tb confia nEle, enquanto que a 2ª está entregue a si própria e às mãos dos médicos que a aconselharam a abortar.

domingo, março 15, 2009

Na aula de "A criança, a família, a comunidade" a prof. afirma que a actual geração está constantemente à procura da felicidade o que ao mesmo tempo traz uma grande responsabilidade. Quanto mais caminhos temos à escolha, mais dificuldades temos em escolher (então quando não há quem oriente... a coisa é grave). A insatisfação é maior e acabamos por ser ainda mais infelizes. Deus está cada vez mais distante, os valores vão mudando e as pessoas consideram que a sua vida é tudo aquilo que quiserem fazer dela. Esta é uma sociedade adolescente, quer tudo muito rápido, p'ra ontem. Uma pessoa aos 40 anos já passou por 3 ou 4 modelos de família e ainda vai continuar a procurar mais. Sai de casa aos 30 p'ra ir viver sozinho. Apaixona-se e "junta-se". É um estágio do casamento e assim passa de família unipessoal a família de cohabitação. Entretanto vem um filho e lá decide oficializar a relação, casando-se. Família conjugal (nuclear). Mas como aquilo dá para o torto, vem o divórcio. Aquele que fica com o filho passa a família monoparental. O outro entretanto arranja alguém e junta-se novamente com outra pessoa que também é divorciada e com filhos, sendo agora uma família reconstruída. Acabam por ter um filho dessa relação e são "os teus filhos, os meus filhos e os nossos filhos".
É uma geração com muito mais liberdade de escolha e ao mesmo tempo tão mais infeliz. A depressão é já considerada a doença, perturbação, o que lhe quiserem chamar do século.

Todas ficam muito admiradas por eu ter saído de casa dos meus pais aos 24 anos, p'ra casar, e que me mantenha casada há 4 anos (e ainda não ter filhos).

quinta-feira, março 12, 2009

Já tinha saudades de o ver assim


Com os dias a ficarem mais compridos, já chegamos a casa a tempo de ver o pôr-do-sol sobre Sintra.


Assim, sim! Agora está resolvido.

Não vou contar a história toda que é mesmo muito longa, só vos digo que depois dos 3 faxs que enviei e dois telefonemas para a linha gratuita, ainda fiquei a pagar menos que o ano passado. Tenho desconto de 50% nas facturas da TMN Banda Larga pelo menos até Junho.
Quem mandou a 3 pessoas da TMN darem-me a (mesma) informação errada?
A falar (e a escrever) é que a gente se entende!

Gosto tanto de viajar




Ao contrário da A. R. eu gosto de andar de avião, apenas porque significa que estou a viajar para algum lado. Mas, tal como a maioria das pessoas, o que eu gosto mesmo é de conhecer outras paragens.
A 29 de Abril vou para Santiago de Compostela (apenas por 3 dias), apesar de já conhecer (no Verão de 2006 estivemos lá com os meus sogros), estou entusiasmada. O tempo dos preparativos é um bocado seca. Estar sempre a ver as viagens de avião, a variação dos preços e acertar em cheio na altura mais barata (apesar do Estado pagar, tenho de poupar dinheiro aos contribuintes). Marcar o hotel e andar a ver também a alteração dos preços. Se tivesse marcado o hotel assim que soube que tinha sido aceite na conferência, tinha pago mais 60 € do que agora. Entretanto os preços baixaram e hoje quando ia finalmente fazer a reserva, vi que baixaram novamente. Às tantas daqui a uns dias baixam de novo mas não posso arriscar até porque é o hotel onde vai realizar-se a conferência e pode haver muita gente a querer lá ficar. É no centro de Santiago e apesar de ir ficar num quarto sozinha (na conferência na Suécia tinha uma colega alemã), vai ser muito fixe. Só de ver o que o hotel tem, fico expectante... (é mau eu estar a dizer isto, parece que estou mais entusiasmada em relação ao hotel e à piscina interior, do que à conferência, mas não).
Acho que me vou dar bem!!




segunda-feira, março 09, 2009

Todos os anos, por altura do nosso aniversário de casamento, vamos dar sangue ao Hospital Amadora Sintra (de nome oficial Fernando da Fonseca). Este ano não fugimos à "tradição". Já perto da hora de almoço lá fomos. Eu ia com alguma expectactiva porque em 2008 não consegui dar já que a minha hemoglobina insistia em não estar dentro dos valores necessários para ser dadora. Depois de uma "consulta" com uma médica super simpática, que depois de perguntar o que eu fazia, começou a falar sobre as crianças em risco e da realidade hospitalar destas crianças. Ao ver o meu tipo de sangue fez uma grande festa, porque no serviço "só temos 2 unidades, em caso de catástrofe não temos como dar resposta".
Fiz o hemograma, esperei enquanto o Ricky já estava a a dar sangue, e lá veio o resultado: 14,1. Acho que nunca tinha estado tão alta. Fiquei mesmo contente.
Depois da dádiva, deram-nos uma senha para almoçar no refeitório do pessoal. Depois da escolha (difícil) entre 5 pratos, lá nos sentámos e aparece logo a seguir o enfermeiro que nos "tirou" o sangue e também a médica com quem eu tinha falado. Foi um almoço muito animado, do qual me ficou uma frase (essencial para a minha tese): "se há cursos para tudo, precisamos de tirar a carta de automóvel, precisamos de tirar cursos para exercer a nossa profissão, precisamos sempre de aprender, porque é que não há cursos obrigatórios para ser pai e mãe, com aulas e exercícios práticos". Nem mais... para já e para muitos pode parecer ridículo e lá vem o velho jargão do do instinto maternal. Estudos já provam que o instinto maternal não existe e cada vez começo a concordar mais com esta conclusão.

Bingo

Estava-se mesmo a ver. Hoje de manhã os candeeiros da rua estavam ligados... adivinhem o que aconteceu agora à noite: estão desligadas. É assim que funciona o nosso país: (quase) tudo ao contrário!

domingo, março 08, 2009

Pensamento do dia... do ano!

Ainda hoje na aula da pós-graduação se falava nisto e agora ao abrir o mail, tinha esta frase que vem mesmo a propósito!!

"Fala-se tanto da necessidade de deixar um planeta melhor para os nossos filhos e às vezes esquece-se da urgência de deixarmos filhos melhores para o nosso planeta."

Não sei quem disse mas disse uma grande verdade!!!

quinta-feira, março 05, 2009

4 anos de casamento

Houve quem dissesse que não ia durar 6 meses, outros (que até hoje não sabemos quem, nem nos interessa) não deram sequer 3 meses...
Acho que até hoje deve haver quem não dê nada pelo nosso casamento, mas estamos cá para provar que com o amor e a graça de Deus, e com o nosso empenho, amor, companheirismo e muito mais, e possível e muito feliz. Há lutas, tempestades, mas sem elas não chegaríamos às vitórias, à bonança, aos tempos felizes, ao viver em paz um com o outro e juntos com Deus. Hoje é o nosso aniversário de casamento.
Agradeço muito a Deus pela vida do meu marido e peço-Lhe que nos conserve juntos por muitos muitos muitos mais anos.

terça-feira, março 03, 2009

Bimby


Já há algum tempo que ando para escrever um post sobre a Bimby...ou despachadinha como a minha mãe lhe chama. Foi ideia da minha sogra, que eu neguei logo à partida, mesmo antes de ver a demonstração, mas que depois me convenceu depressa (até porque foi ela que nos ofereceu). É realmente muito prática, tenho de admitir. Eu que detesto cozinhar, é mesmo DETESTO, tenho sido muito ajudada pela bimba (como lhe chama o Ricky). É pôr lá dentro e ela cozinha, podemos ir fazendo outras coisas enquanto ela cozinha. Claro que o reverso da medalha é que sem a bimby as coisas complicam-se e só lá vou com uma receita à frente.

A última experiência foram Francesinhas e Muffins e que deliciosos que ficaram!!! Espectaculares!

Enfim, consequências das invenções humanas (e das prendas das sogras)...

Arrumações


como Por vezes dou comigo (a quem não aconteceu já?) a pensar como juntei tanta coisa. A semana passada ao tentar encontrar uma coisa numa das gavetas da entrada, vi-me obrigada a tirar tudo para fora e arrumar tudo novamente (o que incluiu deitar algumas coisas para o lixo).

Como é possível juntar tanta coisa que às vezes não nos serve de nada durante imenso tempo, e dias depois de a deitarmos fora, surge-nos uma situação em que precisamos dela...