sábado, novembro 10, 2012

Os portugueses estão em vias de extinção (como diz o Ricardo Araújo Pereira, nem os pandas estão a desaparecer tão depressa), por várias razões:
- a taxa de natalidade é das mais baixas da Europa, o número de nascimentos tem diminuído substancialmente de alguns anos a esta parte;
- apesar da esperança média de vida ter aumentado, temos uma população envelhecida e todos os dias morrem cerca de 90 portugueses;
- a onda de emigrantes que tem deixado o país, caracteriza-se sobretudo por jovens, portanto pessoas m idade fecunda, que irão ter os seus filhos no estrangeiro. Ora o que poderá acontecer é que os filhos sejam ingleses, suíços, luxemburgueses ou até australianos (a não ser que tenham dupla nacionalidade, podem não ser portugueses).

Ora, posto isto, já perceberam porque digo que o nosso povo está a desaparecer. O que fazer para contrariar esta tendência?

terça-feira, setembro 18, 2012

Retrospectivas...

Um dia destes dei por mim a pensar em marcos importantes na minha vida nos últimos 12 anos e percebi que por ano tinha um! Então:
em 2000 conheci o meu futuro marido;
em 2001 começámos a namorar;
em 2002 terminei a licenciatura;
em 2003 comecei a trabalhar e iniciei o mestrado;
em 2004 fui pedida em casamento, logo fiquei noiva;
em 2005 casei, deixando o ninho;
em 2006 entreguei a dissertação de mestrado;
em 2007 defendi a dissertação e completei o 1º ano do doutoramento;
em 2008 ganhei uma bolsa de doutoramento;
em 2009 terminei uma pós-graduação e engravidei;
em 2010 entrei na maior aventura da minha vida: fui mãe e iniciei a actividade de tutora online (ou e-tutora) na universidade;
em 2011 descobri que educar é mais difícil do que pensava e que nos filhos vemos os nossos maiores defeitos (sobretudo se eles tiverem o nosso feitio)
em 2012 termino a tese de doutoramento;
em 2013 defendo-a e depois... depois só Deus sabe.
Percebo claramente que Ele tem estado comigo em todo o tempo e me tem orientado e capacitado. Dou-Lhe muitas graças pelo que tem feito na minha (nas nossas) vida(s) e peço-Lhe que me continue a guardar e mostrar a Sua vontade.

terça-feira, junho 26, 2012

Completa hoje 28 meses de alegria contagiante. É assim o nosso Isaac, com muito boa disposição mas também muita teimosia e meiguice. Deus o continue a guardar!



terça-feira, maio 08, 2012

Um passatempo interessante para partilhar!

http://tralhasgratis.pt/3190021.html

terça-feira, abril 17, 2012

Com amor se paga o que não tem preço

Foi há uns meses que enviámos uma breve história sobre o meu pai e as suas acções de voluntariado como candidatura ao programa Portugueses extraordinários. Não disseram nada portanto percebemos que não foi seleccionado. Entretanto uma amiga que trabalha em televisão tinha uma amiga que andava à procura de histórias extraordinárias com portugueses anónimos e perguntou-lhe se conhecia alguém. Ela de imediato se lembrou e mostrou-lhe o texto sobre o meu pai. A Verónica achou que daria uma boa surpresa e contactou-me para começarmos a planear as coisas. Como em televisão tudo acontece muito depressa, foi só falar com alguns rapazes que tinham feito o programa no Desafio Jovem, na vida dos quais o meu pai teve um papel importante, ajudando-os no seu percurso de mudança de vida e voilá: testemunho, entrevista aos filhos e música gravada em estúdio. Na 6ª feira à tarde percorremos Lisboa à procura de um bom spot para gravarmos a VT (a chuva dificultou bastante as coisas, acabámos por gravar dentro de um bar nas docas). No Sábado fomos ao estúdio gravar a música (fomos elogiados, o que muito me alegrou visto que apesar de achar que até canto bem, sou  tímida em público e sinto sempre que a minha voz treme). No Domingo foi o grande dia: dia de levar o meu pai aos estúdios em Alcochete, a pretexto de ir fazer figuração para um programa de TV, às 9h da noite. Nós chegámos às 16h, foi maquilhagem, guarda roupa, ensaio, lanche, jantar, enfim... tivemos direito a tudo e adorei! Só que, como já disse a várias pessoas, acho que não dava para esta vida. O nosso camarim era o mais animado (era o que dizia o pessoal da produção quando lá passava... ou então era para ver se nos calávamos!). No meio disto tudo, e apesar da melhor coisa foi ter visto a cara de surpresa do meu pai quando nós entrámos em estúdio a cantar, foi conhecer pessoas que são igualmente ou ainda mais extraordinárias! Coragem, luta e ânimo caracterizam estas pessoas que fizeram algo que as destaca na vida de outras. Próximo Sábado, dia 21, às 22h15 na RTP1.

quinta-feira, março 22, 2012

Aberto ao mundo

é como o meu blog fica a partir de agora (não sei se por muito se por pouco tempo).

sábado, março 10, 2012

Em viagem... de trabalho!

Hoje é o último dia do I Congresso internacional da parentalidade e logo logo já estarei de volta à minha cidade. Neste último ano já é a 3ª vez que venho ao Porto, mas nunca dá para passear e conhecer melhor a cidade visto que só fico mesmo nos dias dos congressos. Os meus anfitreões têm sido a Diana e o Marco (com a Beatriz e a Inês), uma família fantástica que com tanto carinho me tem dado dormida (e muito muito mais). São já 6 as noites em que cá fiquei, portanto 6 em que os meus rapazes em Lisboa se aguentam (e muito bem) sozinhos sem a mamã!
Quanto ao congresso, está a ser muito interessante, o nível científico é excelente, com comunicações muito boas! Embora sejam 99% psicólogas (homens há 6 segundo um dos oradores comentou ontem), também chamaram a sociologia para a discussão sobre a parentalidade, esse desafio cada vez maior! Ao ouvir tantos experts na matéria, remeto o meu pensamento para as minhas práticas educativas e parentais, e não tanto para a investigação que estou a concluir... isto de ser mãe/ pai leva-nos a questionarmo-nos tantas vezes e quando ouvimos cientistas sobre o assunto, vemos que afinal não somos assim tão maus pais!
Não sei se será preciso inventarem-se novos pais, mas que nos temos que reinventar todos os dias, isso sim!

segunda-feira, março 05, 2012

7: número perfeito!


Hoje celebramos 7 anos do nosso casamento. Uma data que nos traz muitas memórias divertidas daquele dia mas sobretudo que nos lembra da graça de Deus sobre as nossas vidas, logo, do nosso casamento! No namoro as coisas nem sempre correram bem, mudámos muito, Deus partiu muita pedra como se costuma dizer (e ainda tem muita para partir), já não somos diamantes em bruto mas ainda temos muito por lapidar. Agradecemos-lhe pelo amor que colocou em nós e pelo compromisso que assumimos há 7 anos atrás. Hoje estamos mais ricos, e esperamos nos próximos ficar ainda mais (se Deus nos conceder esse privilégio).
Há um ano atrás foi a vez do meu mano do meio, e agora eles também vão ficar mais ricos (em Agosto vou ser tia de sangue... do coração já sou de vários sobrinhos (as)).
Deus nos continue a moldar, aperfeiçoar para sermos melhor um para o outro e seguirmos o modelo de família que Deus quer!

sexta-feira, fevereiro 24, 2012

Almeida de nome e não só...





Quem me conhece bem sabe que tenho uma tendência para encontrar coisas boas no lixo, que é como quem diz ao lado dos contentores, ou no el contentor como diz uma amiga. Isto dito assim soa um pouco mal mas a verdade é que os meus olhos caem sempre em coisas mesmo boas, por vezes até novas, que alguém deixa ao lado dos contentores com certeza para alguém (como eu) aproveitar. Sei que algumas pessoas acham isto horrível, se calhar até nojento, mas isso é o que menos me importa. Costumo dizer: "Se estivesse uma nota de 100€ ao lado do contentor não apanhavam?" Algumas destas coisas custam isso novas. Graças aos meus achados casuais e espectaculares, o Isaac tem dois brinquedos que de outra maneira não teria porque acho um exagero dar os tais 100€ por cada um (é o preço nas lojas). Já encontrei triciclos, tabelas de basquete para crianças, motas, ovos para carrinhos de bebé, roupa nova com etiqueta, mesas para crianças, cadeiras alta de comida, aranhas para bebés, alcofas, cadeiras pequenas, cozinhas de brincar... não tenho culpa né? Acho que saio muito ao meu pai, porque ele sempre foi assim, e apesar de guardar coisas que eu provavelmente no guardaria porque não acho necessárias (como tábuas para fazer prateleiras), ganhei este hábito (sim, já se tornou num) com ele. Interessante é o facto de muitas vezes encontrar coisas em sítios por onde raramente passo, e logo no dia em que lá passei estava à minha espera. E mais engraçado ainda é alguém perguntar-me se por acaso tenho ou sei se alguém que tenha para emprestar determinada coisa (normalmente para criança) e na semana seguinte eu encontrar precisamente isso que a pessoa precisaca.
Sei que tenho amigos que pensam como eu, se está bom porque não trazer e ficar com isso se precisamos ou dar a alguém que precisa? Há que reutilizar aquilo que outros deitam fora por não saberem a quem dar ou porque nem sequer pensam nisso, deitam fora e pronto! Fico mesmo feliz quando alguém usa algo que encontrei e lhe dá tanto valor... e pensar que aquilo iria parar ao camião de recolha de lixo "arrepia". O mais engraçado é que não moramos numa zona considerada rica, mas aqui toda a gente deita coisas muito boas fora, é de mais! Já tenho amigos que me perguntam onde é que é o meu lixo, que têm que cá vir (lol). Pelos vistos não sou só Almeida de nome... ehehe

quarta-feira, janeiro 25, 2012

Ontem cheguei a casa (sim, porque trabalhei fora de casa - coisa rara) muito cansada mas feliz. Satisfeita comigo própria, muito grata a Deus e com a certeza (uma vez mais confirmada) de que quando nos esforçamos, trabalhamos arduamente, somos recompensados. Foi o dia de discutir o meu texto (que é como quem diz uma parte da minha tese de doutoramento) entre os meus colegas e a minha orientadora. Soube tão bem ouvir: "Vê-se que está aqui muito trabalho, e muita leitura... em 30 páginas tem imensas referências bibliográficas. Isto é um avanço significativo!" Deus sabe o que me tenho esforçado, e o trabalho que isto tem dado (o facto de não ser originalmente de sociologia complica a questão - acho que já tinha dito isto anteriormente). Os colegas gostaram, fizeram algumas críticas, comentários, sugestões, que vão com certeza enriquecer o texto, e por consequência a tese.
Agora é continuar a reescrever, aperfeiçoar, apagar, pensar, inspirar... e até Agosto entregar!

sábado, janeiro 21, 2012

Ontem jantámos com amigos que têm uma família numerosa. Para quem veio de uma (como é o meu caso) é bastante normal ter uma casa movimentada, cheia de vida, crianças a falarem alto... mas quem é filho único isso é estranho. Felizmente (e Deus sabe sempre o que faz) o meu marido, apesar de não ter imãos, cresceu com um primo pouco mais velho e, por ser uma família com raízes africanas, sempre se habituou a ter sempre gente em casa. Considerando que desejamos ter pelo menos 3 filhos, a parte do ter muita gente, barulho, movimento, está ultrapassada. Mas o que é difícil mesmo é a educação, ter coerência, paciência, sabedoria para educar os filhos, no caminho de Deus, sem perder as estribeiras... desafio constante calculo! Admiro muito os nossos (vários) amigos que têm 3 ou mais filhos (também admiro os outros, mas é diferente). Peço a Deus por eles e que me dê a graça de lá chegar. Como escrevi noutro dia no facebook, se quero ter uma família numerosa, tenho tanto que aprender (oh, se tenho).

quinta-feira, janeiro 12, 2012

Perdi o rasto ao tempo...

Há algum (posso considerar muito se suposermos que um blog deve ter actualização diária) tempo que não escrevia... nos últimos meses tenho escrito tanto (profissionalmente) que tudo o mais que implique as letras vai ficando de parte.
Posso aproveitar para vos desejar bom ano (apesar de já irmos quase a meio de Janeiro)?? BOM 2012 com muita criatividade, esperança, sonhos, desafios e objectivos alcançados.
Bem, posso resumir 2011 como o ano em que acordei mais vezes a meio das noites (não acham que é uma boa referência?) Sim, o Isaac ainda vai acordando de vez em quando. Mamou até aos 18 meses e meio e deixei exactamente por ele acordar a meio da noite (às vezes mais do que uma vez), e apesar de ter melhorado substancialmente, não ficou perfeito (mas também ninguém disse que a maternidade seria perfeita!) Mas fora isso ele é um miúdo que pouco trabalho dá (e se desse muito não me podia queixar, afinal o que é ter filhos? Não é ter trabalho o resto da vida?): come bem, é saudável, é obediente (até certo ponto, que aqui ainda temos muito a aprender e a trabalhar claro), é simpático, divertido, muito conversador (a quem é que ele sairá?) e gozão (isto também não faço ideia de onde vem).
Bem, mas não restringindo 2011 apenas ao Isaac. Foi um ano pouco produtivo a nível profissional. Embora tenha avançado (quase terminado se não tivesse dois pais sempre a fugir aos meus telefonemas) com as entrevistas, a parte teórica ficou aquém do esperado. Não é arranjar desculpas mas a verdade é que acordar 2 ou 3 vezes durante a noite não é a melhor receita para os neurónios funcionarem a 1000 à hora durante o dia, e em parte acho que foi o que aconteceu. Fui duas vezes ao Porto (onde amigos queridos me receberam como família, e que saudades) apresentar comunicações sobre o meu trabalho e a Genebra (cidade que apesar de me ter encantado, me desiludiu muito pelo factor humano. Hospitalidade e simpatia foi coisa que não sentimos). Ainda dei uma aula na Escola Superior de Educação de Lisboa que simplesmente adorei (a aula, não a escola). Fui falar de algo que me é muito querido (a minha pesquisa e os temas que a envolvem, crianças em risco, infância, comissões de protecção...) e deve ter sido por isso que gostei tanto. Acho que foi mesmo A EXPERIÊNCIA do ano!
Na igreja as coisas têm corrido bem, apesar das dificuldades próprias de uma comunidade que está no seu início (e quem disse que cuidar de pessoas era fácil?), mas com muitos frutos a crescerem e amadurecerem. Temos visto mudanças nas pessoas, arrependimento, conversão e motivação para levar isso a outros. Também avançámos mais um pouco na acção social e em Dezembro organizámos a primeira distribuição gratuita de roupa em Belas. 14 pessoas passaram por ali naquele Sábado levando o que precisavam (e algo mais). Como sabem esta é uma área que me apaixona, por isso foram momentos que vivi com grande expectativa e alegria.
Na família, também algumas lutas, confrontos, entendimentos, consensos... já ouvi várias vezes que quando casamos, casamos também com a família daquela pessoa e nos últimos tempos isso tem-se confirmado ainda mais. Mas com calma, oração e longanimidade vamos lá.
A nível pessoal continuo a questionar-me como mulher, mãe, profissional... todos os dias tenho desafios que me fazem pensar que tenho de mudar aqui e ali (e se há para mudar).
2012 já cá está e este é o ano em que vou acabar a tese de doutoramento. Um dos anos mais produtivos da minha vida quem sabe...em que eu (nós) gostávamos que incluísse mais um filho mas pensar no emprego que tenho de começar depois da tese, leva-me a hesitar. "Não confias o suficiente em Deus" podem dizer alguns, e é verdade! Admito que racionalizo demais e me entrego de menos. Mais uma coisa que tenho de mudar (e que mudança isto implica).