quarta-feira, janeiro 25, 2012

Ontem cheguei a casa (sim, porque trabalhei fora de casa - coisa rara) muito cansada mas feliz. Satisfeita comigo própria, muito grata a Deus e com a certeza (uma vez mais confirmada) de que quando nos esforçamos, trabalhamos arduamente, somos recompensados. Foi o dia de discutir o meu texto (que é como quem diz uma parte da minha tese de doutoramento) entre os meus colegas e a minha orientadora. Soube tão bem ouvir: "Vê-se que está aqui muito trabalho, e muita leitura... em 30 páginas tem imensas referências bibliográficas. Isto é um avanço significativo!" Deus sabe o que me tenho esforçado, e o trabalho que isto tem dado (o facto de não ser originalmente de sociologia complica a questão - acho que já tinha dito isto anteriormente). Os colegas gostaram, fizeram algumas críticas, comentários, sugestões, que vão com certeza enriquecer o texto, e por consequência a tese.
Agora é continuar a reescrever, aperfeiçoar, apagar, pensar, inspirar... e até Agosto entregar!

sábado, janeiro 21, 2012

Ontem jantámos com amigos que têm uma família numerosa. Para quem veio de uma (como é o meu caso) é bastante normal ter uma casa movimentada, cheia de vida, crianças a falarem alto... mas quem é filho único isso é estranho. Felizmente (e Deus sabe sempre o que faz) o meu marido, apesar de não ter imãos, cresceu com um primo pouco mais velho e, por ser uma família com raízes africanas, sempre se habituou a ter sempre gente em casa. Considerando que desejamos ter pelo menos 3 filhos, a parte do ter muita gente, barulho, movimento, está ultrapassada. Mas o que é difícil mesmo é a educação, ter coerência, paciência, sabedoria para educar os filhos, no caminho de Deus, sem perder as estribeiras... desafio constante calculo! Admiro muito os nossos (vários) amigos que têm 3 ou mais filhos (também admiro os outros, mas é diferente). Peço a Deus por eles e que me dê a graça de lá chegar. Como escrevi noutro dia no facebook, se quero ter uma família numerosa, tenho tanto que aprender (oh, se tenho).

quinta-feira, janeiro 12, 2012

Perdi o rasto ao tempo...

Há algum (posso considerar muito se suposermos que um blog deve ter actualização diária) tempo que não escrevia... nos últimos meses tenho escrito tanto (profissionalmente) que tudo o mais que implique as letras vai ficando de parte.
Posso aproveitar para vos desejar bom ano (apesar de já irmos quase a meio de Janeiro)?? BOM 2012 com muita criatividade, esperança, sonhos, desafios e objectivos alcançados.
Bem, posso resumir 2011 como o ano em que acordei mais vezes a meio das noites (não acham que é uma boa referência?) Sim, o Isaac ainda vai acordando de vez em quando. Mamou até aos 18 meses e meio e deixei exactamente por ele acordar a meio da noite (às vezes mais do que uma vez), e apesar de ter melhorado substancialmente, não ficou perfeito (mas também ninguém disse que a maternidade seria perfeita!) Mas fora isso ele é um miúdo que pouco trabalho dá (e se desse muito não me podia queixar, afinal o que é ter filhos? Não é ter trabalho o resto da vida?): come bem, é saudável, é obediente (até certo ponto, que aqui ainda temos muito a aprender e a trabalhar claro), é simpático, divertido, muito conversador (a quem é que ele sairá?) e gozão (isto também não faço ideia de onde vem).
Bem, mas não restringindo 2011 apenas ao Isaac. Foi um ano pouco produtivo a nível profissional. Embora tenha avançado (quase terminado se não tivesse dois pais sempre a fugir aos meus telefonemas) com as entrevistas, a parte teórica ficou aquém do esperado. Não é arranjar desculpas mas a verdade é que acordar 2 ou 3 vezes durante a noite não é a melhor receita para os neurónios funcionarem a 1000 à hora durante o dia, e em parte acho que foi o que aconteceu. Fui duas vezes ao Porto (onde amigos queridos me receberam como família, e que saudades) apresentar comunicações sobre o meu trabalho e a Genebra (cidade que apesar de me ter encantado, me desiludiu muito pelo factor humano. Hospitalidade e simpatia foi coisa que não sentimos). Ainda dei uma aula na Escola Superior de Educação de Lisboa que simplesmente adorei (a aula, não a escola). Fui falar de algo que me é muito querido (a minha pesquisa e os temas que a envolvem, crianças em risco, infância, comissões de protecção...) e deve ter sido por isso que gostei tanto. Acho que foi mesmo A EXPERIÊNCIA do ano!
Na igreja as coisas têm corrido bem, apesar das dificuldades próprias de uma comunidade que está no seu início (e quem disse que cuidar de pessoas era fácil?), mas com muitos frutos a crescerem e amadurecerem. Temos visto mudanças nas pessoas, arrependimento, conversão e motivação para levar isso a outros. Também avançámos mais um pouco na acção social e em Dezembro organizámos a primeira distribuição gratuita de roupa em Belas. 14 pessoas passaram por ali naquele Sábado levando o que precisavam (e algo mais). Como sabem esta é uma área que me apaixona, por isso foram momentos que vivi com grande expectativa e alegria.
Na família, também algumas lutas, confrontos, entendimentos, consensos... já ouvi várias vezes que quando casamos, casamos também com a família daquela pessoa e nos últimos tempos isso tem-se confirmado ainda mais. Mas com calma, oração e longanimidade vamos lá.
A nível pessoal continuo a questionar-me como mulher, mãe, profissional... todos os dias tenho desafios que me fazem pensar que tenho de mudar aqui e ali (e se há para mudar).
2012 já cá está e este é o ano em que vou acabar a tese de doutoramento. Um dos anos mais produtivos da minha vida quem sabe...em que eu (nós) gostávamos que incluísse mais um filho mas pensar no emprego que tenho de começar depois da tese, leva-me a hesitar. "Não confias o suficiente em Deus" podem dizer alguns, e é verdade! Admito que racionalizo demais e me entrego de menos. Mais uma coisa que tenho de mudar (e que mudança isto implica).