segunda-feira, fevereiro 25, 2008

Um fim-de-semana de descanso, um fim-de-semana com amigos, com motards, um fim-de-semana sem andar de mota, mas bom. Um fim-de-semana com ensaio para o congresso mundial. Um fim-de-semana chuvoso, mas feliz. Enfim, foi mais um que já acabou.

Contagem final: última semana de trabalho na ABLA :(

sexta-feira, fevereiro 22, 2008

Não pergunto por culpados. Não procuro causas. Mas tento entender porquê. Porquê aqui? Porquê connosco? Pedimos, ouvimos pregar sobre bênção e prosperidade e parece que aqui nada disso acontece.
Esforçamo-nos, trabalhamos e lutamos...depois vimos os erros dos homens (olhando primeiro para os líderes, claro) e desanimamos. ouvimos e vemos coisas que não esperávamos e que nos desiludem, que nos dão vontade de baixar os braços, de desistir, de deixar tudo e ir embora. "Deus, faz-me parte da mudança que quero ver neste lugar, se possível, ou faz-me ser parte de outra coisa, noutro lado, conforme a Tua vontade".
Tenho pena que seja assim mas sei que não há igrejas perfeitas.

quarta-feira, fevereiro 20, 2008

Impressionante! É como descrevo o que vi ontem no jornal da noite (SIC) e que se passou mesmo ao pé da nossa casa. A estrada em que circulamos todos os dias (EN 117) tornou-se parte integrante da ribeira de Belas (rio Jamor de nome oficial). Nesse dia de manhã não nos deixaram passar (e ainda bem) porque a essa hora já o carro com as 2 senhoras estava no rio.

O seu carro tem braçadeiras? Se não, então pode passar! (autoria: Ricky)

Continuamos a passar por lá, mas agora os nossos olhos viram-se sempre para o muro que ruiu...foi posta uma fita dos bombeiros para evitar que alguém passe mas que é completamente inútil como podem imaginar. As buscas continuam. 5 crianças ficaram orfãs e provavelmente 2 homens ficaram viúvos, tudo porque as pessoas não quiseram ouvir os conselhos.

segunda-feira, fevereiro 18, 2008

Inundações

Esta noite a tempestade foi violenta. Acordei várias vezes com a trovoada, dormi mal. Só pensava como estaria a estrada que liga Belas a Queluz. E afinal tinha razões para tal. Hoje quando saímos de casa para o trabalho, achámos muito estranho a quantidade de pessoas numa paragem de autocarro mesmo aqui na entrada da urbanização. Pois é, ao chegarmos à rotunda percebemos porquê. Havia uma inundação tão grande que ninguém podia passar. O carro da protecção civil mandou-nos voltar para trás e é assim que a uma 2ª feira de manhã estamos os dois em casa à espera que os bombeiros façam o seu trabalho.

Mandei mensagem para o trabalho a perguntar se podiam mandar o helicóptero vir buscar-me (lol) porque a estrada está cortada. Enfim, uma 2ª feira animadora...e hoje à noite ainda tenho de ir para Lisboa, ter aulas. Nem imagino como está a zona do ISCTE.
Ontem num programa da TV Record deu uma reportagem sobre as acções judiciais que alguns crentes da igreja Universal no Brasil instauraram a dois jornais que os apelidaram de seita. A força que tiveram foi tão grande que o caso ganhou uma enorme visibilidade.

Comecei a pensar se a igreja em Portugal agisse assim em determinados casos. Alguns meios de comunicação por vezes tentam denegrir a imagem das nossas igrejas, chamando-as "seitas". E se os evangélicos de vez em quando levantassem a voz para se oporem nestas situações. Mas em Portugal a maioria dos evangélicos ainda têm a mentalidade do "somos tão poucos", "coitadinhos de nós, não temos poder nenhum". Felizmente alguns já pensam de maneira diferente e a própria Aliança Evangélica Portuguesa tem tido mais actividades nas várias áreas, até a nível da nova Lei da Liberdade Religiosa.

quarta-feira, fevereiro 13, 2008

Mais um dia se passou, menos um que falta para eu "deixar" o meu local de trabalho actual. Sinto uma estranha paz, ainda não sinto aquela tristeza profunda de me afastar de tantos que me são tão queridos. Uma paz que excede todo o entendimento (só pode ser Deus a fazer isto em mim).
Ainda me lembro do 1º dia em que fui àquela instituição... num dia muito quente de Julho, para uma entrevista para um estágio curricular. Estou com bastante expectativa relativamente aos 2 anos que se aproximam, sei qu vai ser precisa muita disciplina pessoal e orientação do Pai. Sei que trabalhar "lá fora" não tem nada a ver com os últimos 5 anos da minha vida. Foram tempos inigualáveis...

Quem sabe o que virá?? Só Deus, a mim só me resta confiar!!

terça-feira, fevereiro 12, 2008

Sempre que a morte leva alguém que nos é querido ou que é querido de algum querido nosso, pensamos na vida. Na nossa, na dos outros que amamos...
Hoje foi um desses dias. Viemos agora do velório da avó de 2 amigos de infância (e vizinhos) do Ricky e do Carlos. Eu nem sequer conhecia a senhora, mas lembrei-me da minha avó que morreu em Dezembro passado. Lembrei-me dos 3 funerais de pessoas muito próximas (da família do lado do Ricky) que num período de 15 meses tivemos de passar. Estava na capela a olhar para o infinito (não conhecia praticamente ninguém da família, por isso pouco ou nada conversei) e pensei como é rápida a nossa vida (como diz a Bíblia).


Tudo passa tão depressa e nós tantas vezes nos esquecemos nesta rapidez... esforçamo-nos, corremos tanto de um lado para o outro para alcançarmos sei lá o quê. Queremos ajudar toda a gente (e isso ainda é o melhor que cá estamos a fazer), queremos chegar a todo o lado, inconscientemente pensamos que é o activismo que nos vai fazer sentir mais vivos e afinal, ao fim de uns anos, estamos cansados e cada dia mais perto da morte, da eternidade.

Lembrei-me do funeral da minha avó, que foi um dos mais "divertidos" em que estive. A sério...assim que cheguei um dos meus tios começou logo com piadas (a sua boa disposição é invejável). Dos 7 filhos, 4 são crentes e apenas três não. Afinal já estamos em maioria (somos 14 netos e metade converteu-se) e todos tínhamos a certeza de que ela, a Gertrudes Luísa, tinha ido para melhor. Estava com Deus.

domingo, fevereiro 10, 2008

Ontem o dia foi muito preenchido. Logo às 10h da manhã estávamos na estação de serviço logo a seguir à ponte 25 de Abril. Um dia de sol radiante em que ficar em casa só mesmo por obrigação. Éramos apenas 3 mulheres no passeio de ontem. No total eram 9 motas e 14 pessoas.

Passando por Azeitão, parando para comer umas tortas. Seguindo em direcção a Setúbal, subindo à Arrábida. Passámos na Figueirinha, praia que fez parte da minha infância. Recordou-me as férias em que o meu pai nos levava, aos três para Palmela e ali passávamos as férias enquanto a minha estava a trabalhar (daí o meu "trauma" dos pais não terem férias na mesma altura). Eram dias que começavam cedo, na praia ainda deserta. A água era sempre fria mas a alegria de estarmos ali aquecia-nos. Os verões da nossa infância acho que nos marcam sempre. Eram tempos tão felizes (não que os de agora não sejam, mas é sempre diferente, vocês percebem o que quero dizer).

Bem, estou a perder-me nesta nostalgia. Seguimos por Sesimbra e fomos até ao Cabo Espichel. Só lá fui 2 ou 3 vezes mas acho sempre piada àquelas arcadas todas. Não sei a história daquilo (sou mesmo ignorante), mas tenho uma vaga ideia de ter lido um dos livros dUma Aventura que se passava lá.

Parámos para almoçar na Tisaura. Umas deliciosas lulas recheadas que me souberam mesmo bem. Um bom tempo de convívio, embora tenha sentido a falta de algumas pessoas. Entretanto descobrimos que um dos casais do CMA, casaram apenas 8 dias depois de nós, o que significa que estão quase quase a fazer 3 anos de casamento.

Seguimos para Lisboa, para a Doca de Alcântara de onde saiu o navio Leão Holandês (no qual foi iniciado o trabalho da Riverside International Church há 10 anos atrás). Alguns embarcaram num passeio pelo Tejo e nós ficámos a conversar sob o sol quente de Inverno que sabia tão bem.

Às 17h tive ensaio para o Congresso Mundial das Assembleias de Deus (23 a 25 Maio no Pavilhão Atlântico) e às 21h fomos até ao ArtLisboa. Os Omaira tocaram (e encantaram). O Héber Marques anunciou o lançamento do seu novo CD, ao vivo, dia 20 de Abril na Igreja Adonai, em Massamá.

E pronto, lá se foi o Sábado.

Hoje, Escola Dominical para dar às "minhas" crianças. Cabo da Roca para alguns.

Almoço em casa dos (meus) papás. O filme Red Line no princípio de tarde e uma visita à nossa afilhada. Doentinha, recebeu o médico em casa, mas muito pouco animada. Dizia "mamã, eu não choro". Mas quando o Dr. (muito pouco simpático) se aproximava lá começava a cair a lagriminha. Eu acho que ela é racista (lol). O Dr. era preto retinto e tão pouco simpático que a Matilde deve ter ganho um trauma. Bem, muita tosse e expectoração mas disse que não era nada de grave.

Dormi uma bela sesta até às 19h e acabou-se o fim-de-semana.

Desculpem a seca que levaram hoje mas é para compensar a semana pouco interessante e sem nada para contar. Vinguei-me no fim-de-semana.
Vêem? Eu não disse? Mais uma semana passou e nem sequer por aqui passei.
Bem, a semana foi normal...com um dia de descanso pelo meio dedicado à preguicite aguda (conhecem?).

Na 6ª feira à tarde fui a Lisboa tratar dos papéis da bolsa. Andei imenso a pé em Lisboa (algo que já não fazia à imenso tempo). Aproveitei para passar nalguns sítios onde não posso ir normalment por só sair de Carcavelos às 17h e a essa hora os serviços já não estarem abertos. Fui à UNICEF, à Segurança Social (buscar publicações e relatórios novos), e até à Livraria Baptista.

Gostei de sentir aquele cheiro que nunca vou conseguir descrever quando passamos nas antigas drogarias, sempre em velhos prédios. Gostei de ver o número cada vez maior de motas a circularem nesta grande cidade sempre cheia de trânsito. Gostei de observar as pessoas (embora não goste do olhar triste de tantas). Gostei de ver alguns prédios antigos a serem reconstruídos.

Não gostei de ver que os condutores continuam iguais ou piores (sobretudo aquela que me ia atropelando). Não tinha saudades dos carros estacionados em cima de passeios, obrigando-nos a circular na berma da estrada. Não gostei de ver as imensas crateras nas ruas de Lisboa.

Mas enfim, Lisboa continua igual a si própria. Bonita, movimentada (um pouco poluída de mais), mas sempre a nossa cidade.

sábado, fevereiro 02, 2008

Os sentimentos de uma despedida próxima, começam a borbulhar...

Nunca pensei que passar o nosso trabalho a outra pessoa desse tanto trabalho. Quando fui para a ABLA não fui substituir ninguém, mas porque a instituição cresceu e o trabalho começou a ser muito, era necessária mais uma pessoa. Foi tudo do zero. Agora começo a aperceber-me da quantidade de coisas com que fui ficando.

Ontem entraram 3 colegas novas (numa IPSS isto é muito). Uma assistente social (ISCSPiana por sinal), uma socióloga (do ISCTE, a minha "casa académica" actual) e uma auxiliar de acção directa (para o trabalho com idosos). Numa família com mais de 50 pessoas, é incrível como todos as receberam tão bem, sempre de braços abertos.

Só para deixar ir os braços não estão tão abertos...custa-nos sempre deixar ir os que gostamos.