terça-feira, maio 04, 2010

Hoje voltei à minha obstetra. Nunca pensei que a reacção dela ao ver o Isaac fosse tão efusiva. Tirou-o do carrinho, passeou com ele de um lado para o outro no consultório a falar com ele. Ele super feliz, ria-se, respondia e ela estava completamente abismada como ele palrava e parecia que queria comunicar (e queria mesmo). Pediu-me novamente mil desculpas por não ter estado no meu parto (ela estava de baixa com dois dedos completamente imóveis), mas há coisas que não podemos controlar, por isso disse-lhe isso mesmo. Garanti-lhe que todos me trataram muito bem durante a minha estadia no Amadora-Sintra e que gostei muito do serviço. Agora à noite fui beber um leite com cevada e lembrei-me novamente desses dias... vai parecer-vos estranho mas foram dias bons. As companheiras do quarto com quem ia falando (conversas bem interessantes), as enfermeiras quando vinham à meia-noite por-me a fazer o CTG para ouvir novamente o coração do Isaac que afinal estava quase a nascer. As auxiliares que nos vinham perguntar o que queríamos para o almoço e jantar do dia seguinte, apresentando-nos dois pratos de peixe e carne e várias sobremesas (às vezes tinha de pedir para repetirem porque me perdia em tanta variedade). A visita aos quartos de outras "colegas" que entretanto tinham tido bebé e que conheceramos no refeitório naquele mesmo piso. As piadas que íamos dizendo para espairecer.
Depois do Isaac nascer lembro-me de me irem a empurrar a cama pela enfermaria de obstetrícia e de me ver entrar no melhor quarto que ali havia e de agradecer a Deus por tudo ter corrido tão bem.
Nos dias a seguir ao nascimento do Isaac lembro-me bem dos enfermeiros entrarem no quarto perto da meia-noite mas agora para fazer o teste da glicémia ao bebé. A auxiliar que me ajudou a tomar banho quando vim do recobro (6 horas depois do parto). As auxiliares que vinham limpar o quarto depois do pequeno-almoço (e algumas eram tão simpáticas). A enfermeira S., amiga da nossa amiga R. que trabalha lá no hospital e lhe mandou uma sms a dizer que eu estava naquele serviço, que ela tivesse uma especial atenção à cama 29 (a nossa). As idas diárias ao pediatra a empurrar-mos os berços pelo corredor como quem empurra o carrinho das compras (ríamo-nos sempre porque fazíamos esta comparação). O leitinho com "café" e as bolachas maria que nos traziam por volta das 22h quando tudo estava mais sossegado.
Enfim nunca pensei dizer isto, mas foram tempos bons!

1 comentário:

Ana Rute Oliveira Cavaco disse...

os tempos na maternidade têm sempre algo mágico e irrepetível. ainda que com os seus precalços.