segunda-feira, abril 20, 2009

A semana não começou bem...

7h 30 da manhã, chego à cozinha e começo a ouvir alguém a gritar. Primeiramente pensei que fosse o puto de baixo a fazer birra mas depois comecei a perceber que além de ser um adulto, era mesmo a ser espancado. Passei-me... a vizinha do lado estava a levar daquele que supomos ser o marido. Abri a porta à bruta e fechei-a. Parou imediatamente. Liguei para a PSP a denunciar (mas sem me identificar) um caso de violência doméstica. O agente ainda começou a duvidar vejam só... levou logo com uma frase de quem já estava irritado, que até estuda estas coisas há algum tempo e indignada com a situação na porta do lado: "sim, violência doméstica, eu sei do que estou a falar. Já outros vizinhos noutras alturas telefonaram para a polícia pelo mesmo motivo, esta situação é recorrente. É melhor virem depressa".
"O carro está numa ocorrência, assim que pudermos vamos aí".

Nunca me identifiquei. Infelizmente vivemos num país em que é possível um polícia descair-se e até dizer ao agressor quem o denunciou (como eu conheço um caso). A seguir o homem parte a porta do vizinho que o denunciou e como se não bastasse ainda espancou o vizinho no meio da rual, à vista de toda a gente. Dois anos depois depois do processo entrar no tribunal, lá o condenaram a pagar a porta às prestações. As dores ninguém lhas tira e o dinheiro gasto no médico ninguém lho restitui. Uma vergonha... percebem agora porque não me identifico quando faço uma denúncia? Mas garanto-vos que se houvesse crianças naquela casa, a sinalização já estava na CPCJ. Felizmente não é o caso.