domingo, maio 03, 2009

De regresso e com algumas coisas para contar

Isto de não ter internet quando se quer é mau... ou melhor, estou mal habituada. Assim fiquei estes dias sem dar notícias. Fui escrevendo para quando cá chegasse contar algumas coisas.

Foram uns dias interessantes! Vários factos curiosos:

- no aeroporto de Madrid (na ida) encontrei um bilhete para Bruxelas no chão.
-na sessão inaugural do congresso perguntaram-me se eu era dos media (estavam a distribuir um press release aos jornalistas que lá estavam).
- na rua uma carrinha de uma associação para crianças com paralisia cerebral parou para me pedir indicações. Ao mesmo tempo que eu dizia que não era de cá, a rapariga perguntou-me onde era o hotel Obradoiro. Ah, isso eu sabia, é o hotel onde estou (vinham para o congresso).
- Na Nazaré ouvimos constantemente a pergunta “quer quartos?”. Aqui em Santiago, oferecem-nos bocadinhos da tarte típica de cá para ver se provamos (e compramos, claro!).
- Durante as tardes, mesmo no feriado e no fim-de-semana, às 15h, via-se pouca gente nas principais ruas da parte histórica da cidade… será por ser a hora da siesta?
- O avião de Santiago para Madrid teve um furo (literalmente). O voo teve um atraso de 1h30 porque tiveram de mudar uma das rodas mais pequenas do trem de aterragem. Agora percebo por que razão o meu voo de Madrid para Lisboa foi alterado há 1 mês atrás das 20h30 para as 22h50. É que com a brincadeira do furo teria perdido o voo para Lisboa o que me obrigaria a ter de encontrar (ou a Ibéria por mim) para o regresso a Lisboa. Na altura não gostei da mudança porque implicava chegar mais tarde a casa, mas pronto como diz o povo: “Deus escreve direito por linhas tortas” ou a Bíblia há muito mais tempo: “Deus tem os seus desígnios” (não é exactamente assim, mas é este o sentido).
- no aeroporto de Madrid (de novo) no regresso encontrei uma menina perdida. Assim que saí do avião calculei que estivesse perdida mas estava tão entretida a brincar nas passadeiras rolantes que pensei que os pais a estivessem a vigiar ao longe. Sentei-me à espera do voo para Lisboa (daí a 2 horas e tal) e lá apareceu ela de novo a correr de um lado para o outro, mas agora literalmente perdida. Entretanto ouço alguém gritar um nome que não conseguia perceber… era a mãe. Chegou ao pé dela e deu-lhe duas valentes palmadas e ralhou em francês. Obviamente o choro foi mais que muito e o raspanete (que eu só percebi que o era pela severidade da voz) nunca mais acabava. O tempo todo que eu vi a miúda, que me sentei, que me tentei ligar à net umas 5 vezes, deu mais que tempo para a mãe a ter encontrado, não fosse ela a tê-la deixado sem vigilância. Não sou mãe, mas acho que há muitos pais que tb precisam de levar umas palmadas (ainda por cima agora bater no filhos é proibido).
- O que vale é que o aeroporto de Madrid (pelo menos na zona onde eu estava), tinha muito pouca gente, porque com os espirros seguidos que dei, a zona iria ficar rapidamente ainda mais vazia não fossem pensar que era a gripe A, ou suína, ou lá o que é (ainda vi 2 pessoas de mascara).

1 comentário:

Sara CS disse...

Bem, tantas peripécia.